Home School: e agora? Como estudar?

Em função da pandemia de covid-19, vários hábitos e costumes da sociedade mudaram. O Home School, que traduzindo entendemos como “Escola em casa”, tornou-se comum no âmbito educacional, mundialmente. Esta mudança, mesmo que temporária, nos transportou para uma realidade que muitos nunca imaginaram ocorrer, com o ensino remoto. A sala de aula agora é dentro de nossas casas, expondo nossa privacidade e nos desafiando em prol de adaptações.

Uma das mudanças mais significativas quando o assunto é educação são as aulas on-line. São o mecanismo de continuidade, tanto da rotina diária ante o isolamento social quanto da manutenção de ritmo dos alunos, organização e, por fim, o andamento do currículo. Neste sentido, o desfaio é responsabilidade de todos, Escola, família e aluno.

Alguns estudantes não se adaptaram tão bem ao remoto e apresentaram queda no rendimento escolar. Sofreram com a ausência das aulas presenciais, não tiveram seus acompanhamentos extra escola (reforço escolar, sessões de psicoterapia, fonoterapia, psicopedagogia, dentre outras atividades de cuidado e apoio) e tantos sofreram perdas de familiares e amigos, além de alguns terem adoecido emocionalmente – ansiedade ou depressão – pela mudança brusca de realidade. 

Sabendo disso, precisamos refletir sobre as possibilidades ante essa realidade atual, ou seja, ajustes que ainda precisam ocorrer. Antes de tudo, uma observação muito importante: lembremos que cada nível de ensino regular tem suas exigências particularidades, ou seja, as orientações aqui devem ser ajustadas para a sua realidade.

Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental Anos Iniciais, é importante lembrar que o aluno precisa de experiências concretas e mediação (professores e família) para consolidar os conceitos e temas trabalhados. Nos segmentos Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio, o aluno já tem certa maturidade para administrar suas atribuições e responsabilidades.

Vamos ao trabalho?

Construa uma rotina de estudos. Anote tudo e todas as atividades de sua rotina diária/semanal. Você pode usar uma tabela de sua preferência, com dias e horários. É importante incluir o final de semana, pois deves escrever sua rotina contemplando obrigações (aulas/estudos de revisão, atividades domésticas com a família), lazer e descanso.

Dê uma atenção para o ambiente de estudos, organize o ambiente que favoreça sua produtividade, cuidado com o excesso de objetos e materiais em cima da mesa. Observe a iluminação do ambiente e tome cuidado com a postura corporal, ou seja, evite estudar deitado(a).

Sobre a produtividade, lembre-se de conferir o cronograma diariamente. Você pode afixá-lo num lugar de fácil visualização. Avalie os resultados periodicamente. Ao longo do tempo, perceba quais ajustes são mais importantes. Escreva os objetivos que deseja alcançar, eles devem servir como estímulo positivo frente a alguma dificuldade ou desânimo. Siga em busca de suas metas!

E o que falar sobre ritmo de estudos? Dê mais ênfase às matérias em que você sente mais dificuldade e não deixe de estudar as que você tem mais afinidade, pense bem nesta distribuição. E faça pausas entre uma matéria e outra.

Ler somente não é estudar. Tenha um método ativo que complemente a leitura, por exemplo, mapas mentais, resoluções de questões, discuta com alguém sobre o assunto estudado e revisado.

A memorização acontece por meio de alguma ferramenta viável para você. As mais utilizadas são Post-It com conceitos, leitura em voz alta, gravações de sua própria voz narrando o conteúdo, esquemas/mapas mentais e resoluções de exercícios.

Durma bem, isto consolida a memória auxiliando diretamente no aprendizado. Se permita recompensas. Sempre que concluir e progredir no seu planejamento, faça algo que te apetece.

O trabalho da criança e do adolescente é estudar. Então, faça por você e para você, da melhor forma possível. Viva esta etapa da vida, que deixa saudades e não volta. Na dúvida, busque especialistas e não desista. Aprender tem seu preço.

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