Escola do RN está entre as dez melhores do País em ranking divulgado pelo MEC

Fonte: Agora RN

A partir da edição de 2017, pasta decidiu usar o Ideb, que passou a ser o único indicador de qualidade disponível, já que desde 2016 o governo não divulga mais o Enem por escola

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgaram na semana passada os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), considerado o principal indicador da qualidade do ensino no País. Os resultados do Ideb, que leva em conta o desempenho de alunos em provas de português e matemática e a taxa de fluxo da escola, são referentes a 2017.

No Rio Grande do Norte, o primeiro lugar ficou com o Over Colégio e Curso. A escola potiguar se destacou também entre as dez melhores do Brasil. A segunda posição do Estado foi conquistada pelo CEI Romualdo, que, a nível nacional, ocupou o décimo sexto lugar no indicador.

O Inep disponibilizou em seu site um guia para consulta do desempenho por escola. Para acessar, basta informar estado, município e rede de ensino (estadual, federal ou privada) no link http://ideb.inep.gov.br/. Na classificação, são avaliadas três séries: quinto e nono anos do ensino fundamental e terceiro ano do ensino médio.

Até 2015, o nível de qualidade da educação no ensino médio era medido apenas considerando a avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o que facilitava a ocorrência de manipulações no resultado por parte de algumas instituições de ensino.

 

Para Mendonça Filho, ministro da Educação na época da mudança no sistema de avaliação, o modelo antigo gerava “propagandas falsas”. “O Enem não é um exame que permite a avaliação adequada de cada unidade escolar. Quando se faz propaganda utilizando um ‘ranqueamento’ indevido a partir da prova, está se fazendo propaganda enganosa, e o MEC não pode convalidar esse tipo de comportamento”, afirmou.

A partir da edição de 2017, para medir a qualidade das escolas, a pasta decidiu usar o Ideb, que passou a ser o único indicador de qualidade disponível, já que desde 2016 o governo não divulga mais o Enem por escola. O Ideb, por meio da taxa de fluxo, é capaz de detectar escolas que reprovam artificialmente alunos com o objetivo de filtrar os melhores. O modelo antigo privilegiava esse tipo de comportamento, mas, a partir de agora, tais práticas gerarão piores colocações no ranking final.

“O modelo antigo era inapropriado, não refletia a realidade das escolas, não indicava a qualidade”, disse a presidente do Inep, Maria Inês Fini. “Daí a importância de combinar as notas da Prova Brasil com as taxas de fluxo das escolas, gerando um panorama mais real do desempenho das instituições, qualificando o resultado”.

Diretor do Over Colégio e Curso, o professor Carlos André explica as mudanças no método. “O modelo antigo usava apenas a nota da prova e, com isso, muitas escolas criavam formas de manipular o resultado. O modelo novo continua utilizando [nota da prova], mas emprega também a taxa de fluxo, que é um parâmetro novo do governo. Outra coisa importante é que a prova aplicada é diferente para os alunos. O objetivo é testar de maneiras diferentes tudo o que o aluno deveria ter aprendido até aquela série”, esclarece.

Sobre o desempenho da escola, o professor aponta que o resultado gerou um momento de “grande alegria”. “Sempre digo com orgulho que nossa escola nasceu na cozinha da minha mãe. Estar entre as 10 melhores escolas do País é, sem dúvida, algo que eu não seria capaz de imaginar naquela época”, finalizou.

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